Imbuídos de dor e emoção parentes e amigos
deram o último adeus à guarda municipal e enfermeira, Michelle Efigência Rocha
de Souza, de 34 anos, assassinada nessa quarta-feira (20/11) na casa onde
morava na comunidade de Cruz das Almas, no Bairro da Penha. O sepultamento da
vítima aconteceu na tarde desta quinta-feira (21/11) no Cemitério Campo da Paz,
em Campos.
O suspeito de ter cometido o crime, é o
ex-marido da vítima, J.R.A.S, mais conhecido como Baiano. O homem
ainda não se apresentou à polícia. O casal havia se separado há
cerca de dois meses.
Em protesto, amigos de Michelle fizeram um
ato na Pelinca, área nobre da cidade. Os colegas de trabalho, do DST/Aids
jogaram corante vermelho na água do chafariz que fica na Avenida Pelinca.
“Justiça, queremos justiça”, essa foi a frase
dita por todos. Segundo as colegas de trabalho, Michelle chegou a denunciar o
suspeito na 134ª Delegacia Legal do Centro. E há dois meses pediu ao Ministério
Público uma medida protetiva para que o suspeito saísse da casa onde o casal
morava.
Familiares que estavam no velório informaram
que o filho da vítima, de apenas três anos, teria assistido o assassinato. O
menino está chocado e teve dificuldades para dormir a noite. O outro filho do
casal de 17 anos, já não mora na casa de Michelle há meses, o jovem também
estava no sepultamento muito emocionado.
De acordo com o subcomandante da Guarda
Municipal de Casimiro de Abreu onde a vítima trabalhava há dois anos, Michelle
era um dos 142 agentes que atuam no município.
“Ela era uma excelente profissional, tinha
disciplina com o horário de trabalho e cumpridora de suas funções. Michelle
atuava na guarida do Fórum da cidade e há pouco tempo estava dando apoio à base
da Guarda no período noturno. Uma mulher discreta, boa profissional e que vai
fazer falta”, disse.
A tia da vítima, Janice Barboza, comentou que
a família não aceita a forma como o caso aconteceu.
“Ela nunca deu motivos para que a situação
chegasse a esse ponto. Ele era até um homem calmo, bom pai. Se o relacionamento
não está dando certo cada um deve seguir sua vida. Quem ama não mata, quer ver
o outro feliz. Queremos que seja feita justiça”, finalizou.
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