Nesta segunda-feira (02/12/2013), me deparei
com uma situação que me fez refletir sobre os valores da vida. Estava voltando
do trabalho, fardado e encontro uma senhora na contramão da Rua do Coqueiro que
quase foi esmagada por um ônibus. Ela e sua filha que estava sem capacetes. Ao
me avistarem se assustaram, pararam na calçada de sua residência e a senhora
veio ao meu encontro. A mesma sem que eu dissesse nada, veio explicar o
inexplicável, justificar o injustificável, observem o argumento da mesma: seu
Guarda pelo amor de Deus não me multe, pois estou atrasadíssima para o meu
trabalho e peguei só uma“contramãozinha”.
Eu, educadamente a cumprimentei antes de
tudo, e a respondi da seguinte maneira: Senhora quanto vale a sua vida e a da
sua filha? A mesma respondeu: não tem preço… Pois bem, a senhora está
preocupada com a multa que por ventura poderia nesse momento ser aqui aplicada?
Entretanto eu não sou Guarda de Trânsito, apesar de já ter trabalhado nessa
área quando assumir meu emprego como Guarda Municipal, pois fui instruído
durante os cinco meses de capacitação que tive, enquanto os Agentes de Trânsito
ainda estavam em processo de formação, em nossa cidade. Eu a indaguei
novamente: quanto vale a sua vida e a da sua filha? Porque a senhora está
preocupada com a multa de trânsito e devido a sua pressa não parou pra pensar
no absurdo que a senhora acabou de cometer, arriscando a sua vida, a da sua
filha e de muitas outras pessoas, por conta de uma “contramãozinha”.
Detalhe esta senhora, se identificou como
professora, eu me pergunto, já pensou se um aluno dessa senhora se depara com
essa situação? Vendo uma profissional que o educa cometendo esse erro absurdo?
Fica a dica.
Vivemos num mundo louco, que os valores da
vida estão totalmente distorcidos, onde uma professora que “leva educação para
futuros cidadãos” e quase comete um horrível acidente, e ainda vem com a cara
mais lavada do mundo, querer justificar o seu erro. Sou ser humano, falho,
tenho muitos defeitos, não sou exemplo de vida pra ninguém, nem quero, nem
pretendo ser santo, entretanto a vida tem me ensinado outros valores, valores
que realmente valem a pena serem seguidos e vividos.
A mesma professora ensina aos seus alunos que
é feio furtar, ser corrupto, desonesto, etc, etc, etc, bem como o policial pega
propina e tenta justificar seu erro dizendo que recebe mal e assim em outras
áreas de trabalho e no dia a dia da vida.
Contudo digo sem sombra de dúvidas que nunca
seremos uma nação como diz nossa bandeira, uma nação de “Ordem e Progresso”. Se
não partir de nós, o exemplo que queremos ver no outro, nada vai adiante, tudo
é um processo, lógico que não seremos heróis e nem tão pouco Deus, para
consertarmos os erros do mundo, mas se cada um fizer sua parte, viveremos bem
melhor!
Fonte:
Emerson Florindo da Silva / Ascom - Guarda Municipal de Paulo Afonso/BA
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