O aquartelamento
de cerca de 500 Guardas Municipais completará hoje um mês de resistência, cujo
protesto da categoria é motivado por uma medida tomada no dia 13 de novembro
pelo comandante da corporação, George Bezerra, que mandou recolher coletes e
armas do grupamento. Os manifestantes admitem que sem esses principais
equipamentos de segurança não há como trabalhar nas ruas fazendo a proteção e a
preservação do patrimônio público de São Luís.
Um dia após a
determinação do comando geral da Guarda Municipal ter decidido recolher armas e
os equipamentos de segurança, centenas de homens e mulheres da Guarda Municipal
resolveram, em Assembleia Geral, iniciar o aquartelamento, deixando sem
qualquer proteção os cinco terminais de integração, a área do Parque do Bom
Menino, no Centro da capital, e demais espaço públicos.
Segundo o
presidente do Sindicato da Guarda Municipal de São Luís, Webert Henrique
Marques, já está agendada uma reunião na próxima segunda-feira (16) entre o
Comando Geral da Guarda Municipal, o Sindicato da categoria e integrantes da
Prefeitura de São Luís para definir o impasse.
“Dependendo do que
ficar definido nessa reunião, estaremos discutindo com a categoria, no dia
seguinte, em assembleia geral da Guarda Municipal, a possibilidade de encerrar
ou não o movimento. Esperamos também que com a votação da LOA (Lei Orçamentária
Anual) na Câmara de São Luís, na próxima terça-feira (17), a gente possa ser
contemplado no projeto orçamentário do município para o ano que vem”,
ressaltou.
O presidente do
Sindicato disse que além do impasse envolvendo o recolhimento dos coletes e das
armas, os Guardas Municipais também exigem melhorias no pagamento da
insalubridade de segurança e do salário da categoria. “Esses pontos também
estão sendo analisados e negociados com a equipe técnica da Prefeitura de São
Luís”, frisou,
O comandante da
Guarda Municipal, George Bezerra, explicou que o aquartelamento da corporação
realmente se deu pela ausência de armas. Segundo ele, o que ocorreu
inicialmente é que o efetivo precisava de uma autorização da Polícia Federal
para portar armas em serviço.
“Devido à troca de
superintendente da Polícia Federal, o convênio que permitia que os guardas
ficassem armados deixou de ter validade. Sem o convênio, não poderíamos
permitir que os guardas ficassem armados nas ruas, pois estaríamos
desobedecendo a uma norma. Por outro lado, é muito perigoso nossos homens irem
para às ruas desarmados, pela situação em que se encontra a cidade. Por isso, a
categoria conversou comigo e decidiu ficar no quartel, por questão de segurança”,
explicou o comandante.
Segundo George
Bezerra, a superintendência da Polícia Federal no Maranhão já enviou um e-mail
para a Guarda Municipal, afirmando que fará o possível para renovar o convênio
o mais rápido possível.
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