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quinta-feira, 31 de março de 2016

Guardas Municipais de Itambé (BA) decidem cruzar os braços alegando recusa de pagamento de horas extras trabalhadas

A população do município de Itambé, no Sudoeste do Estado, está preocupada com o futuro da segurança pública da cidade, que já enfrenta sérios problemas por conta da violência crescente, agravada pelo tráfico de drogas e outros problemas comuns a uma cidade que é cortada por uma rodovia estadual, a BA 263.
E como se não bastassem os problemas comuns do dia a dia, a situação pode ficar muito pior por conta de uma decisão adotada pelos Guardas Civis Municipais, que prestam serviço de auxílio às polícias Civil e Militar da cidade e que estão à disposição nos serviços de rondas e de plantão na delegacia de polícia local.
A Corporação da Guarda Municipal conta com um efetivo de 40 funcionários, dentre estes, 15 Guardas foram cedidos a Policia Civil, dos quais 09 exercem a função diretamente na carceragem com regime de plantão 24/72, 04 Guardas trabalham diuturnamente juntamente com o Policial Paulo Rucas, chefe do SI (serviço de investigação) da Delegacia e 02 Guardas trabalham no Distrito de Catolezinho.
Mas esta situação está prestes a mudar, isso por que a administração municipal se recusa a pagar as horas extras trabalhadas pelos Guardas Municipais, o que era feito desde 2013 e inclusive era uma compensação para os GCMs que recebem apenas um salário mínimo e desde novembro do ano passado tentam um acordo com o prefeito Ivan Fernandes, sobre o pagamento das horas extras mas não conseguem obter sucesso, nem mesmo no cumprimento de acordos firmados com a administração.
Em função disso, eles decidiram abandonar a delegacia que hoje conta com 23 presos, alguns de alta periculosidade e que a partir da decisão dos Guardas Municipais passarão a não ter carcereiros e nem agentes de manutenção, cargos que são exercidos pelos Guardas Civis Municipais.
Na última segunda-feira (28), uma comissão de representação da GCM esteve reunida com o Secretário Municipal de Administração de Itambé, Gerdal Silva (foto), uma vez que o prefeito está viajando, mas o secretário não apresentou nenhuma solução para o problema.
“Tivemos uma reunião com o secretário de administração da Prefeitura Municipal, o qual representa o Prefeito Municipal, ficando claro que não tem nenhuma negociação para uma possível solução desse problema por parte da administração, em outra ocasião o Prefeito Municipal disse que policia não evita homicídios, sendo este um dos motivos para não pagar as horas extras trabalhadas. E nesse meio todo, com nossas atividades paralisadas, surgiu uma situação ainda mais agravante, a delegacia que conta hoje com 23 presos da Justiça, será obrigada a fechar as portas, ou até mesmo transferir presos por falta de recurso humano”, disse um GCM.
Há mais de 20 anos, os Guardas Civis Municipais de Itambé mantêm a parceria com as polícias Civil e Militar e com a decisão de paralisar as atividades, a segurança pública município ficará comprometida.


Fonte: Itapetinga Repórter 

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