A população do
município de Itambé, no Sudoeste do Estado, está preocupada com o futuro da
segurança pública da cidade, que já enfrenta sérios problemas por conta da
violência crescente, agravada pelo tráfico de drogas e outros problemas comuns
a uma cidade que é cortada por uma rodovia estadual, a BA 263.
E como se não bastassem os problemas comuns do dia a dia, a situação
pode ficar muito pior por conta de uma decisão adotada pelos Guardas Civis
Municipais, que prestam serviço de auxílio às polícias Civil e Militar da
cidade e que estão à disposição nos serviços de rondas e de plantão na
delegacia de polícia local.
A Corporação da Guarda Municipal conta com um efetivo de 40
funcionários, dentre estes, 15 Guardas foram cedidos a Policia Civil, dos quais
09 exercem a função diretamente na carceragem com regime de plantão 24/72, 04
Guardas trabalham diuturnamente juntamente com o Policial Paulo Rucas, chefe do
SI (serviço de investigação) da Delegacia e 02 Guardas trabalham no Distrito de
Catolezinho.
Mas esta situação está prestes a mudar, isso por que a administração
municipal se recusa a pagar as horas extras trabalhadas pelos Guardas
Municipais, o que era feito desde 2013 e inclusive era uma compensação para os
GCMs que recebem apenas um salário mínimo e desde novembro do ano passado
tentam um acordo com o prefeito Ivan Fernandes, sobre o pagamento das horas
extras mas não conseguem obter sucesso, nem mesmo no cumprimento de acordos
firmados com a administração.
Em função disso, eles decidiram abandonar a delegacia que hoje conta com
23 presos, alguns de alta periculosidade e que a partir da decisão dos Guardas
Municipais passarão a não ter carcereiros e nem agentes de manutenção, cargos
que são exercidos pelos Guardas Civis Municipais.
Na última segunda-feira
(28), uma comissão de representação da GCM esteve reunida com o Secretário
Municipal de Administração de Itambé, Gerdal Silva (foto), uma vez que o
prefeito está viajando, mas o secretário não apresentou nenhuma solução para o
problema.
“Tivemos uma
reunião com o secretário de administração da Prefeitura Municipal, o qual
representa o Prefeito Municipal, ficando claro que não tem nenhuma negociação
para uma possível solução desse problema por parte da administração, em outra
ocasião o Prefeito Municipal disse que policia não evita homicídios, sendo este
um dos motivos para não pagar as horas extras trabalhadas. E nesse meio todo,
com nossas atividades paralisadas, surgiu uma situação ainda mais agravante, a
delegacia que conta hoje com 23 presos da Justiça, será obrigada a fechar as
portas, ou até mesmo transferir presos por falta de recurso humano”, disse
um GCM.
Há mais de 20 anos, os Guardas Civis Municipais de Itambé mantêm a
parceria com as polícias Civil e Militar e com a decisão de paralisar as
atividades, a segurança pública município ficará comprometida.
Fonte: Itapetinga Repórter
0 Comentários:
Postar um comentário