A Continência surgiu na Idade Média, como um sinal de respeito na presença dos soberanos segundo alguns historiadores, para destacar suas origens, os cavaleiros se destacavam através de símbolos, acessórios e gestos garbosos.
Dificilmente vamos encontrar uma resposta com base documental ou algum fundamento histórico de sua origem. Segundo as lendas quando se apresentava para a batalha o cavaleiro segurava a rédea de seu cavalo com a mão esquerda e levantava a mão direita para demonstrar que estava pronto para iniciar o combate, outra versão é que o cavaleiro levantava o visor do elmo para ser identificado como amigo ou como componente do mesmo grau de cavalaria e também indicava paz pois a mão no elmo sinalizava que o cavaleiro não possuía a intento de arrancar sua arma contra seu oponente.
Os cavaleiros medievais se protegiam com enormes
armaduras e para se identificar, tinham de elevar a viseira do elmo, o capacete
medieval, com a ponta dos dedos da mão direita.
Existem apenas histórias a respeito do surgimento
da continência, com certeza não surgiu no seio de nossas instituições e muito
menos é de origem militar, hoje a continência está presente nas forças armadas
de todas as nações do mundo e inúmeras instituições civis.
A Pessoa não bate continência, mas sim presta a
continência individual, uma vez que se trata de cumprimento uma cordialidade,
um gesto respeitoso e garboso.
Em muitas organizações seu uso é regulamentado em
lei, definindo levar a mão espalmada junto à testa, "prestar
continência" um sinal de respeito e
organização.
Com o tempo esse costume espalhou-se também entre
os membros de diversos povos, a mão levada a testa era o início de um aceno
amigável servia também como uma espécie de senha, pois tinha muitas variações
para confundir os inimigos. Os franceses, por exemplo, até hoje cumprimentam-se
com a palma da mão voltada para a frente já os brasileiros prestam continência
à prussiana, com a palma da mão para baixo, a Mexicana com a mão direita
dobrada no peito.
Essa reverência de gestos similares à saudação dos
tempo das cruzadas medievais era usada em duelos, combates o cavaleiro se
apresentava diante do rei e da rainha para ser consagrado de alguma maneira e
por estar sempre com a proteção da cabeça, ele abria a parte frontal do
capacete e se deixava ver os olhos, pois, era comum na época se olhar nos
olhos, daí pode ter surgido a continência entre militares que empunham a espada
na mão esquerda e levavam a mão direita acima da linha dos
olhos.
Muitas organizações Militares e Civis cumprimentam
fazendo gestos de Continência exemplo dos escoteiros, Militares, Bandeirantes e Policiais,
continência hoje é também utilizada até por facções terroristas e grupos paramilitares.
A continência sendo uma saudação, é como se fosse o
aperto de mão entre duas pessoas, a iniciativa do cumprimento parte sempre do
mais subordinado para o superior, demonstra boa educação (o mais jovem
cumprimenta o mais velho).
Como não existe um documento histórico sobre o
assunto o que se tem são relatos como: Algumas fontes de pesquisa relatam que
uma Rainha foi fazer uma visita em terras distantes e ao ser avistada pelas
tropas, suas jóias contra o sol produziam um forte reflexo e para evitar esse
reflexo, os soldados levaram a mão à testa quase que simultaneamente assim como
a gente faz até hoje quando algum objeto reflete a luz do sol contra nosso
rosto. Como a rainha e os visitantes acharam aquele gesto bonito, ele foi se
propagando, acabando por se transformar em continência, gesto de cumprimento e
também respeito para com superiores hierárquicos e outras autoridades constituídas.
Dizem também que esse cumprimento teve origem em um
determinado local onde havia uma belíssima rainha, todos os dias pela manhã
passeava no porto, os soldados desejavam vê-la, porém a posição que estavam
dava de frente para o sol ofuscando a vista, foi então que todos resolveram
colocar a mão acima do olho na testa para tapar o sol.
Há relatos que o habito antigo de cumprimentar
retirando-se o chapéu posteriormente esse hábito foi "diminuindo por
modismo" então as pessoas apenas elevavam a mão a aba do chapéu fazendo um
pequeno movimento de mexer o chapéu. Padronizaram esse cumprimento de forma que
não tivessem de mexer em suas coberturas (chapéu).
Diz a história que a tripulação de um navio Inglês,
na intenção de prestar uma homenagem a sua Rainha criou um gesto que
simbolizaria a proteção de seus olhos que estariam sendo ofuscados com o brilho
emanado de sua Majestade.
O subordinado deveria erguer o braço direito em uma
inclinação de quarenta e cinco graus. No caso, a saudação sonora foi
devidamente substituída pelo “Heil, Hitler”, que também era reproduzida por
vários cidadãos alemães durante os comícios do fuhrer.
A Continência além de um sinal de respeito também é
um marco na disciplina e na organização de uma instituição, um valor
necessário, exemplo acontece no Japão onde a polícia tem uma larga tradição no
policiamento comunitário e o contato com o cidadão se dá através do gesto da
continência.
Aqui no Brasil, não há essa prática de prestar a
continência exemplo entre Guardas Municipais e a população, se tratando de um
gesto de saudação pode ser prestado a qualquer cidadão como um ato educado e
simpático do policial civil ou militar, sempre em alerta, preparado, atento,
física e mentalmente, saudar o próximo com continência demonstra respeito e
disciplina.
A conscientização e aceitação desse gesto nobre
fazem com que os agentes policiais quando fardados cumprimentam a todos de
maneira regrada e com garbo, evitando abraços, corpos próximos, intimidades,
beijos, sinais de dedos e situações de gritos escandalosos, cumprimentando
cordialmente de forma clara e respeitosa.
Maurício Maciel, Especialista em Segurança Pública, Ex Cmt da Guarda Municipal de Varginha, desenvolvedor e criador do site www.gcmbrasil.com, promotor de polícia comunitária pela Secretária Nacional de Segurança Pública - SENASP, Instrutor e coordenador do curso de formação de Guardas Municipais, Direitos Humanos pelo 24º BPMMG, Uso progressivo da força, Planejamento estratégico em Segurança Pública, Resgate 9º BCBMMG, Capacitação em Educação para o Trânsito, Utilização de armas menos letais (SENASP), Sistema e Gestão em Segurança Pública, Gestão Pública e Pós Graduado em Segurança Pública e Comando de Guardas Municipais.
Fonte: http://amigosdaguardacivil.blogspot.com.br/2012/11/continencia-um-gesto-de-saudacao-que.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed:+AmigosDaGuardaCivil+(AMIGOS+DA+GUARDA+CIVIL)
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