Não é apenas dar aquela “passadinha
macetosa”, rápida e sem compromisso. Desenvolver o projeto Ronda Escolar, no
maior número de escolas municipais que se possa alcançar, é também, além de
cumprir com o disposto nos Artigos 3º e 4º do Estatuto Geral GCM, criar uma
linha de contato com aqueles que estão preparando e sendo preparados para
assumir o leme que conduzirá a sociedade e que carecem demais de bons exemplos
e proteção. Tamanha é a importância do GCM, que muitas vezes, os próprios, desconhecem
a sua essencialidade.
O ambiente escolar necessita de cuidados
especiais por parte dos responsáveis pela segurança pública municipal. Este local
é hoje o alvo preferido por aqueles que promovem e disseminam os diversos tipos
de violências. Imaginemos uma serpente, qual coelho ela iria preferir como
presa, o maior, mais forte e experiente ou aquele ainda em formação, de poucas
experiências, fácil de ser enganado? Assim, como serpentes, pensam a
marginalidade. Constantemente temos notícias de pessoas que tentam encaminhar
jovens pelo caminho da obscuridade e ilegalidade. Vemos a todo momento casos de
violência no ambiente escolar, e por tal, é lá que temos também que estar.
Porém, nem sempre tratamos com responsabilidade tal tarefa. Alguns
profissionais se esquivam de tal missão, passam em frente a instituição de
ensino, acenam ao porteiro, perguntam como está o local e “tchau”. Desmerecem
tal tarefa, se comportam como se humilhante e desnecessário fosse o cumprimento
daquele dever e preferem que ocorra aquela diligência cheia de emoção, com o
final em uma Delegacia e o infrator sendo flagranteado. Ora, se minha premissa
básica é também a preventividade, porque não agir sobre um local onde as
estatísticas demonstram grandes possibilidades e de onde, um dia, eu também
vim?
O “Ronda Escolar” é um dos mais necessários
projetos a serem postos em prática, ele agirá no local onde pessoas estão
“construindo” e sendo “construídas” e que a depender de como seja essa
“construção”, o produto final poderá sair com rachaduras e imperfeições
altamente incorrigíveis e que lá adiante poderá me trazer ocorrências que
poderiam ter sido evitadas. Se posso e devo contribuir, com compromisso, com a
“evolução social da comunidade”, porque não fazê-lo? Ser educador não é somente
papel do professor, pois o agente de segurança pública também pode ser.
Por Ricardo Noronha Brasil Junior
1 Comentários:
Trabalho de excelência!
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