O termo
“milícia” de acordo com o dicionário Michaelis quer dizer “carreira ou
disciplina”. A publicação também remete à “qualquer corporação bem
disciplinada como a tropa”. Habitualmente usada para designar grupos armados à
margem da lei, a palavra tem sido equivocadamente utilizada nos
noticiários para designar bando de criminosos travestidos de legalidade
policial que cometem abusos contra cidadãos.
Após
uma ação protagonizada por guardas municipais no estrito cumprimento do dever
legal, na madrugada desta quarta-feira (17) – tendo um denunciante
alegado que teria sido vitimado por integrantes da Guarda Civil Municipal de
Salvador (GCMS) depois de ter “furado” uma abordagem da blitz da “Lei Seca”
promovida pela Transalvador -, deu causa para algumas declarações emitidas para
desqualificar o trabalho dos GCM’s que prestavam apoio à operação e garantiam a
integridade dos servidores municipais que zelavam pela vida na noite
soteropolitana.
Adjetivos
pejorativos como “verdadeira milícia” foram lançados contra os servidores na
tentativa de impor uma imagem negativa da categoria. Um ato que os GCM’s
repudiam e que a direção do Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador
– Sindseps não aceita sob nenhum aspecto. O coordenador geral da entidade,
Everaldo Braga criticou a postura de um vereador da capital baiana que
inadvertidamente comentou a ação dos GCM’s sem ter total conhecimento dos
fatos. “Lamentável ter que admitir que faltou sensibilidade ao vereador para
lidar com a situação. Fazer parte da ‘orquestra de uma nota só’ que tenta
demonizar o trabalho dos guardas municipais não pode ser algo inerente a um
edil. Não compactuamos com conduta irresponsável de qualquer servidor público,
da mesma forma que não podemos aceitar que sejamos ultrajados com adjetivações
desrespeitosas”, disse Braga.
O
dirigente do Sindseps ainda fez uma consideração sobre o fato que deu
causa ao comentário do vereador Luiz Carlos Suíca (PT). “Da mesma forma que o
vereador quer defender um integrante da categoria que ele faz parte, cabe ao
nosso sindicato fazê-lo também com mais segurança e buscando saber o que
realmente aconteceu, pois a situação em que se envolveu o denunciante conflita
com a legalidade, segundo o relato feito na Central de Flagrantes da Polícia
Civil. Ressalto que não compactuamos com condutas irresponsáveis. Queremos a
devida apuração dos fatos pela autoridade policial e pela superintendência
[Susprev – Superintendência de Segurança Urbana e Prevenção a Violência],
pois não nos cabe nenhum julgamento precipitado sobre a conduta dos guardas
municipais e até mesmo do denunciante. O edil vai tomar conhecimento dos fatos
e certamente mudará de opinião e o fará de público da mesma forma que disparou
adjetivos que não condizem com a imagem dos servidores municipais. Aguardaremos
a retratação do vereador e buscaremos medidas se isso não ocorrer”, finalizou.
Fonte: Sindseps
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