Revolta deu o tom
no velório do Guarda Civil Thiago Henrique Lorençatto, de 37 anos, que foi morto
com um tiro na cabeça
Entre
choros e abraços, a revolta deu o tom no velório do GCM Thiago Henrique
Lorençatto, de 37 anos, que foi morto com um tiro na cabeça na tarde da última
sexta-feira. O disparo foi feito por bandidos que fugiam pela Avenida da
Amizade, em Sumaré, após assaltarem um supermercado e um posto de gasolina.
Revolta deu o tom no velório do GCM Thiago Henrique
Lorençatto
Clayton Damasceno/O Liberal
O
velório teve início por volta do meio-dia de ontem e contou com a presença de
familiares, guardas civis municipais, policiais militares e bombeiros. O
sepultamento aconteceu às 17h e contou com uma salva de tiros feita por
patrulheiros da GCM.
Para
Hélio Lorençatto, 74 anos, pai de Thiago, o filho foi vítima do descaso das
autoridades. "Isso que aconteceu com meu filho é resultado de um grupo de
bandidos que se instalou na Vila Soma (local onde os marginais abandonaram o
veículo utilizado durante a fuga). É preciso fazer algo nesse lugar. Sumaré se
tornou uma cidade que não tem condições mais de se viver", declarou.
"A gente cria um filho com carinho para ser um homem de bem e acontece
isso", completou.
A
irmã do guarda assassinado, Rosana Lorençatto Dalgé, 48 anos, desabafou sobre a
crescente violência no local. "Sumaré inteira está revoltada. Aquela área
(Vila Soma) está muito violenta. Nos últimos anos têm aumentado a
criminalidade", destacou. Um comerciante e amigo da família, que preferiu
não se identificar, afirmou que as leis precisavam ser mais rígidas. "O
que aconteceu com o Thiago é descaso de quem está no poder. Os vereadores de
Sumaré precisam fazer alguma coisa com a Vila Soma. Não pode deixar um pai de
família ser morto assim", desabafou.
Clayton Damasceno/O Liberal
O
guarda civil municipal Paulo Gonçalves afirmou que a morte violenta do
companheiro de trabalho abalou toda a corporação. "Era um homem de bem,
que sempre se preocupava em proteger a sociedade. A gente atira num pneu para
parar a pessoa e o bandido já desce atirando na cabeça", contou.
Para
Antonio Alves de Souza, também guarda civil de Sumaré, os patrulheiros não têm
respaldo na lei. "A lei é vulnerável. Se você atirar em um ladrão, você
responde processo. O guarda em si fica desprotegido pela lei", explicou.
Lorençatto, que morava no bairro Santa Madalena, em Sumaré, deixa a esposa e os
filhos Raul, de 15, e Lorraine, de 9 anos, frutos do primeiro casamento.
Fonte: http://www.liberal.com.br/
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