Criada
em 2008 para proteger o patrimônio e preservar a ordem pública e o bem-estar
dos habitantes, a Guarda Municipal de Salvador (GMS) está sem poder exercer as
suas funções. Atualmente, o órgão possui apenas seis veículos (sendo dois gols
e duas kombis e duas motocicletas) para um efetivo de 1.305 agentes. A
redução de mais de 90% da frota (que já chegou a 42 viaturas e 23 motos) faz
parte das medidas de contenção de despesas da prefeitura. A iniciativa tem
refletido na qualidade dos serviços prestados à população.
"É
difícil ver a GMS no Campo Grande e Passeio Público. Quando tem eventos
aparecem dois agentes andando, mas nunca motorizados", observa o técnico
em segurança do trabalho, Márcio Batista. A ausência do efetivo não é um
problema só daquela região. A poucos quilômetros dali, a Praça da Piedade,
também no Centro da cidade, está totalmente abandonada. Moradores de ruas
aproveitam a falta de fiscalização para depredar o local. Os bancos estão
quebrados e os monumentos, pichados. A fonte e o jardim são usados como
banheiros públicos, constrangendo quem passa pelo local.
"Isso
sem falar no assédio dos pedintes que atuam na região. Não passa nenhum agente
para impedir a ação de vândalos contra o patrimônio público", desabafa o
comerciário Augusto Ribeiro, que trabalha na região. A reportagem esteve
nas praças Wilson Lins e Nossa Senhora da Luz, na Pituba, e no Imbuí, mas não
viu guardas municipais em atuação.
A
assessoria da GMS, por sua vez, informou que as atividades não foram suspensas
por causa da falta de veículos. Os agentes trabalham em regime de 24 horas, em
esquema de revezamento de equipes. De acordo com o órgão, 700 agentes
atuam em prédios públicos, postos de saúde, conselhos tutelares e centro de
atenção psicossocial (Caps). Os demais são distribuídos em dez áreas
operacionais que abrangem várias localidades da capital.
Déficit - Além
da redução drástica da quantidade de viaturas, a Guarda Municipal enfrenta
outra dificuldade: o efetivo. Estima-se que para cobrir uma cidade do
porte de Salvador sejam necessários cerca de 6 mil agentes, mas a capital
baiana atua com pouco mais de 20% desta quantidade. A Secretaria de
Administração anunciou a abertura de 1.600 vagas para 2013. O objetivo é
ampliar o quadro para a Copa de 2014.
Fonte: http://atarde.uol.com.br/bahia/materias/1472546
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