Policiais
militares mataram em serviço, entre janeiro e novembro, mais do que em todo o
ano de 2006, quando ocorreram os ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Em 2012, já são 506 mortos no Estado em confrontos classificados como
resistência seguida de morte, ante 495 daquele ano. Em média, a PM mata uma
pessoa a cada 16 horas. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o número de
mortes por prisões é "relativamente baixo".
A
escalada dos casos de mortos em confronto é acompanhada da onda de violência
que se intensificou em outubro e provocou a queda do secretário da Segurança
Pública Antonio Ferreira Pinto, em 21 de novembro - e sua substituição por
Fernando Grella Vieira. As informações são do jornal O
Estado de S. Paulo.
"Acho que se
demonstra claramente a existência de uma política institucionalizada para
matar. É impossível que se tenha tantas pessoas dispostas a morrer em
confrontos com a PM. É preciso checar no que deu a investigação a respeito
dessas mortes", diz o presidente do Conselho de Defesa dos Direitos da
Pessoa Humana, Ivan Seixas.
Segundo o
especialista em segurança pública Guaracy Mingardi, houve descontrole.
"Polícia sem controle, que pisa no acelerador, mata mais. Foi isso o que
Ferreira Pinto fez. Não é que ele incentivava (as mortes), mas não
controlava", afirma. Coordenadora auxiliar do Núcleo de Cidadania e
Direitos Humanos da Defensoria Pública, Daniela Skromov observa deveriam ser
adotados métodos de controle durante as ações policiais. "Deve-se fazer a
filmagem obrigatória dessas ações. As imagens poderiam absolver ou condenar o
policial. Do que se tem medo?", questionou.
Fonte: http://www.pmsdobrasil.com/2012/12/sp-pm-mata-1-cada-16-horas-e-passa.html
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