Estava a Guarda Civil prestando normalmente seus serviços policiais na Capital e no Interior, quando eclodiu, em 1932, em todo o Estado de São Paulo, a Revolução Constitucionalista. A corporação também participou do movimento, enviando para o campo de batalha um contingente de combatentes.
Três deles pereceram em combate: Raimundo Testa, Francisco Perroti e Natal Martinetto.
A respeito da participação da Guarda Civil no movimento revolucionário encontramos:
"22 de Setembro de 1932 - A luta na frente leste estava insustentável. Sofríamos na carne as agruras das trincheiras; martírios agravados com as arremetidas violentas de um inimigo sanguinário e poderoso que atacava dia e noite, sem parar.
Urgia remessa urgente de reforço para consolidar nossas posições.
Recebemos com entusiasmo a Guarda Civil de São Paulo que jamais negara sua leal e decidida cooperação mesmo nas circunstâncias graves dos combates!
E foi assim que no estrito cumprimento do dever, mais um dos seus bravos componentes: Francisco Perrotti,ofereceu em holocausto sua preciosa existência!!... Pouco tempo teve para lutar, mas foi o suficiente para demonstrar seu inegável valor: sua trincheira é sitiada pelos atacantes. Resiste bravamente! Intimado a render-se, encara a onda invasora, reagiu matando dois, ferindo outros, pondo os demais em fuga!
Posteriormente tomba varado pelas balas assassinas! Chegara nesta data às paragens perigosas das linhas avançadas! No dia seguinte (23) seu corpo e retirado da trincheira e transportado à retaguarda, sendo digno de todas as honras que um herói é merecedor.
Procedeu como outros homens dignos e honrados: Recusou a pactuagem "Preferiu a morte no campo raso da peleja à conjuntura humilhante da rendição....
Ao valente defensor da lei e da Constituição, nosso tributo de amor e carinho e nossa gratidão comovida..." *
*Fragmentos da história da polícia de São Paulo, Pedro Ganini, página 92
*Foto retirada do livro Guarda Civil de São Pulo sua história página 49