Duas equipes foram roubadas por criminosos.
Retaliação após ação em operação contra baile funk pode justificar o crime.
Duas
equipes da Guarda Municipal (GM) de Santos foram assaltadas na madrugada desta
quinta-feira (28), enquanto faziam campana na frente de um terreno, situado no
Chico de Paula. Durante a ação executada por oito marginais, um inspetor da
corporação foi algemado e agredido com diversos chutes na cabeça e spray de
pimenta nos olhos.
Conforme
o apurado pela Reportagem, os ladrões diziam que as agressões estavam
relacionadas ao fato de alguns membros da corporação se comportarem como
policiais militares. “Vocês não querem ser PM? Então, toma”, repetiam a cada
golpe.
De
acordo com um guarda municipal assaltado que não quis se identificar, o ataque
dos criminosos foi retaliação a uma operação recente feita em conjunto pela GM
e a PM durante um baile funk do bairro. Nesta operação, o inspetor agredido
teria participado da apreensão de um potente aparelho de som, que era usado
para animar a festa.
A
decisão do comando da corporação em manter duas viaturas no local durante a
madrugada não é vista com bons olhos entre os próprios integrantes da guarda.
“Esse local em que a nossa viatura estava nem a PM fica com armas nas mãos”,
disse um outro membro da GM que também pediu o anonimato.
O
assalto da quadrilha ocorreu à 00h10, minutos depois das duas equipes (com três
integrantes cada) assumirem o posto de outros dois guardas que ali estavam de
prontidão.
“Essa
campana começou em 23 de abril. É uma ordem serviço do comando que determina o
nosso posicionamento no local da meia-noite até às 3 horas. Nos foi passado que
o objetivo é impedir o estacionamento de caminhões no terreno pertencente à
Prefeitura de Santos”, disse o GM presente no crime.
Logo
após o desembarque e posicionamento dos GMs na frente do terreno, o bando, com
pistolas e armas de cano longo, se aproximou e anunciou o assalto. “Eles saíram
de dentro desse terreno pedindo para que não corrêssemos. Com as armas
apontadas para as nossas cabeças exigiram que entregássemos os coletes à prova
de balas, as algemas e os sprays de pimenta. Depois que tomaram essas coisas,
mandaram entregar também os telefones celulares e tudo de valor, como joias e
as chaves das duas viaturas”, acrescentou.
Algemado e
agredido
Com
os objetos, os marginais decidiram usar uma das algemas para torturar o
inspetor responsável pelas equipes. “Todos nós fomos obrigados a deitar no
chão. Eles colocaram a algema do inspetor e o agrediram com vários chutes na
cabeça. Repetiam: ‘você não quer ser polícia?’ E, em seguida, o batiam. Um dos
sprays de pimenta roubados foi aplicado contra os olhos do inspetor que não
tinha como se defender”, relatou o GM.
Após
o ataque, o bando, composto por marginais que aparentavam ter entre 17 e 20
anos, fugiu por dentro do terreno. “Quando nós percebemos que eles tinham
fugido corremos para o lado oposto. Um dos guardas presentes é parente de um
policial militar e pediu apoio. A PM chegou em menos de 3 minutos e fomos
tirado dali”.
Levado
ao PS Central, o inspetor agredido foi socorrido e liberado com escoriações e
hematomas no rosto. O caso foi registrado na Central de Polícia Judiciária
(CPJ) de Santos pelo delegado Marcelo Gonçalves da Silva. Porém, será apurado
pelos investigadores do 5º DP da Cidade.
Fonte: http://www.atribuna.com.br/noticias/noticias-detalhe/policia/inspetor-da-guarda-municipal-de-santos-e-torturado-durante-assalto-na-zn/?cHash=89750034822eb458633929194e336b40
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