A Guarda de
Salvador realizará patrulhamento na Copa faz parte do Plano Integral de
Operações da Prefeitura que será lançado nos próximos dias
A
primeira vez que a Guarda Municipal de Salvador estará portando armas de fogo
em um evento de grande porte será na Copa do Mundo, que acontece entre 12 de
junho e 13 de julho.
Dos
598 agentes que irão trabalhar no Mundial, principalmente durante os dias de
jogos na capital baiana, 96 podem fazer uso das pistolas calibre 380 nas
barreiras montadas ao redor da Arena Fonte Nova e em operações de outros órgãos
municipais, com o objetivo de garantir a segurança de funcionários de governo e
organização do evento que estiverem em atuação.
A
Guarda na Copa faz parte do Plano Integral de Operações da Prefeitura que será
lançado nos próximos dias. “A GM (Guarda Municipal) vai estar armada na Copa e
todas as ações partirão do Centro de Comando e Controle (CICC), no Parque
Tecnológico da Bahia”, confirmou o tenente-coronel Peterson Tanan Portinho,
superintendente da Guarda.
ESTREIA
Como
o Carnaval, a Copa é um evento de grande porte. Mas, só agora, será possível o
emprego da arma de fogo em um evento dessa magnitude, devido a alguns fatores,
conforme explica o subgerente de planejamento do órgão, Vagner Santos.
“No
Carnaval, a GM atuou principalmente no combate ao comércio informal dentro do
circuito (da folia), com uma grande concentração de pessoas. Paralelo a isso, a
quantidade de guardas armados que temos hoje não era suficiente para todos os
postos”, conta Santos, ressaltando que os 96 oficiais armados estarão
espalhados no entorno da Arena Fonte Nova.
Criada
em julho de 2007, na gestão do ex-prefeito João Henrique (PSL), a Guarda
Municipal só contou com efetivo nas ruas quase um ano depois. Desde então, os
guardas estavam munidos apenas de armas não letais: taser (pistola de choque),
cassetete e spray de pimenta. A função do órgão é garantir a proteção dos bens,
serviços e instalações do poder público municipal e contribuir com a prevenção
da violência contra os cidadãos. Os guardas passaram a andar armados a partir
de janeiro deste ano.
OPERAÇÃO
Segundo
Vagner Santos, a operação da Guarda na Copa começou desde o último dia 21,
quando guardas municipais armados começaram a circular em pontos estratégicos
da cidade como Barra, Centro Histórico, Campo Grande, Praça Irmã Dulce (Cidade
Baixa). No entanto, conforme ressalta, a concentração das ações será mesmo nos
dias de jogos - Espanha x Holanda, 13 de junho; Alemanha x Portugal, 16 de
junho; Suíça x França, 20 de junho; Bósnia x Irã, 25 de junho; partida das
oitavas-de-final, 1º de julho; jogo das quartas-de-final, 5 de julho.
APOIOS
A
cerca de um quilômetro e meio da Fonte Nova, serão montados pontos de
verificação veicular (PDVs). Lá, os guardas municipais, a maioria armados, vão
atuar junto com agentes da Superintendência de Trânsito (Transalvador). “Só
poderão ter acesso a esse perímetro veículos autorizados pela Fifa”, explica o
subgerente.
Em
ações em conjunto com a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), os
guardas estarão nas 15 barreiras fixas montadas no entorno do estádio, no
intuito de controlar o comércioinformal e a fiscalização dos produtos
licenciados pela Fifa que podem ser comercializados no perímetro. Nas barreiras
volantes, ou seja, montadas em horários alternados, também haverá agentes
armados.
Os
guardas municipais darão apoio ainda aos fiscais da Superintendência de
Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom) para garantir a proteção da
publicidade das marcas permitidas pela Fifa.
“Na
Copa das Confederações, por exemplo, tivemos que usar um caminhão dos Bombeiros
para retirar uma propaganda não autorizada da sacada de um prédio. Isso
chama-se marketing deemboscada. São empresas que, de alguma forma, tentam
colocar a visibilidade de sua marca em local não permitido”, adverte Vagner
Campos, da GM.
Em
ações da Secretaria de Promoção Social e de Combate à Pobreza (Semps), a Guarda
também estará munida de arma de fogo. “Vamos auxiliar na relocação de moradores
de rua para albergues. Muitos deles estarão sob efeito de álcool e drogas e,
por isso, acabam partindo para agressão”, prevê o subgerente, que faz uma
ressalva. “Necessariamente, não significa que um guarda armado vá usar a arma,
mas, sim, para inibir qualquer ação delituosa por parte do agressor”,
tranquiliza.
Fonte: Ascom –
Guarda Municipal de Salvador/BA
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