Delegado e major da PM são presos na Bahia
Outros 11 policiais foram presos sob acusação de integrar quadrilha
Uma operação da Secretaria da Segurança Pública da Bahia e do Ministério Público do Estado resultou nesta terça-feira (31) na prisão de 13 policiais - entre eles um delegado e um major da Polícia Militar - acusados de integrar uma quadrilha responsável por crimes como homicídios, tráfico de drogas, extorsão e roubo de cargas.
Segundo o governo baiano, o grupo era liderado pelo delegado de Camacan (534 km a sul de Salvador), Jackson Silva, e pelo major da PM José Silvério de Almeida Neto. Outros seis agentes da Polícia Civil, dois escrivães, um sargento, dois soldados e três empresários do setor atacadista da região foram detidos.
A operação, batizada de “Esfinge”, envolveu mais de 130 policiais no cumprimento de 21 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão, concentrados na região de Camacan e em cidades grandes do sul baiano, como Ilhéus e Itabuna.
Houve ainda sete prisões em flagrante, duas por peculato (desvio de recursos públicos) e cinco por porte ilegal de arma, e apreensão de dez revólveres, quatro rifles, uma carabina, uma pistola, mais de 200 munições de diversos calibres e de carros e motocicletas com sinais de adulteração.
De acordo com o Ministério Público, a suposta quadrilha atuava na região há pelo menos seis anos. As investigações do caso começaram em novembro de 2010. Os policiais detidos serão levados para as corregedorias das corporações em Salvador e os empresários ficarão presos no presídio regional de Ilhéus.