Reflexão: Mas afinal, o que sou?
Quando um militar
estava à frente de uma GCM, externamente muitas “caras”, feias, de repúdio,
desconfiadas; apareceram. E o motivo principal foi o fato de ser um MILITAR.
Corretamente e aceitável essas “caras”, haja vista que muitos GCM’s passavam e
passaram por experiências negativas com comandantes que não vieram do mundo das
guardas, que não eram “puro sangue”.
Comandantes esses
que sem nenhum conhecimento técnico sobre essa instituição, faziam com que as
mesmas continuassem com o estigma de “guardinhas”. Assim afirmavam os
servidores que passaram por essas administrações.
Mas, percebemos
que o problema principal era sim o fato de ser militar. Essa sempre foi a
principal barreira que esses enfrentavam. À duras penas alguns conseguiram
mostrar que a intenção era a melhor possível, e, as provas disso são
concretas e inquestionáveis. Assim que a missão era cumprida e que o trem
começava a andar como deveria, se despediam e desembarcava na estação marcada.
Porém, não
conseguimos entender como algumas GCM’s ainda insistem em descumprir a Lei
13.022, no seu Artigo 19, pois, constantemente copiam e utilizam “ferramentas”
próprias de “milicos”, como eu.
De forma nenhuma
que seja pregada a separação operacional. O que gostaríamos de ver é: GCM’s com
código fonético próprio, com suas repartições sendo chamadas por outro nome que
não seja um que faça alusão a unidades militares, fardamento que nem de longe
lembre a de outra instituição que não seja outra guarda municipal, sistema de
rádio comunicação independente, espaço físicos 100% de guardas e etc.
Guarda Municipal
não é “tapa buraco”. Não tem que ficar a pé porque emprestou a sua
viatura à outra instituição. Seu serviço não pode ser menos eficiente ou
eficaz, justamente por ter um servidor desviado de sua função e servindo em
outra instituição, coisa totalmente errada e inaceitável. Guarda Municipal não
é “carcereiro”, não é “escrivão”, não é “soldado”. Guarda é Guarda, deve
obrigatoriamente ter consciência de sua missão, de sua importância como agente
de segurança pública e membro de instituição i-n-d-e-p-e-n-d-e-n-t-e. Guarda é
subordinado a Guarda e não dá o banco da frente para comandante de uma co-irmã,
pois ali é seu espaço e deve ser considerado por isso. Guarda tem que ter
identidade própria.
Reitero que não se
deve pregar a separação operacional, mas sim exigir e torcer, que as Guardas
Civis Municipais, tenham identidade própria. Que discutam positivamente, de
igual para igual, qualquer planejamento de operação conjunta, com qualquer
co-irmã que seja, pois se capacitou muito bem para exercer sua função, e que
apenas não acenem com a cabeça, em sinal de que aceitam deliberadamente
qualquer resolução imposta por quem quer que seja.
Que exijam
respeito quando respeito derem e que sejam 100% Guardas, tendo orgulho disso
Por Ricardo Noronha Brasil
1 Comentários:
Sou GM na cidade de Crateús-Ceará, gostei muito desse artigo por sua coerência. Concordo plenamente que somos independentes e precisamos "marcar nosso território".
Minha preocupação é em relação ao Art. 14 da Lei 13.022 e de como os companheiros GMs veem e pretendem cumpri-lo. Pois uma coisa é não ficarmos sujeitas a regulamentos disciplinares de natureza militar, outra é nos tornemos demasiadamente "APAISANADOS".
Já vejo aqui alguns companheiros acharem que com base no Art. 14 não deve ser regulamentado corte de cabelo e barba, que o uso de ordem unida deve ser abolido assim como ações de civismo como continências aos símbolos nacionais. PRECISAMOS DE MATURIDADE.
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