Guarda foi
arrastado por 100 metros em Mongaguá, no litoral de São Paulo.
Policial ficou
ferido: 'Cai no chão e ele jogou o carro para me atropelar.
Um
guarda municipal foi arrastado por um carro na contramão, por cerca de 100
metros, em uma avenida de Mongaguá, no litoral de São Paulo. Os jovens que
estavam dentro do veículo haviam sido abordados pela Guarda Municipal durante
uma força-tarefa. Após o episódio, o policial ficou com ferimentos no rosto e
nos braços e precisou ser encaminhado ao hospital.
A
Guarda Municipal atuava em uma força-tarefa, em conjunto com a Polícia Militar
e agentes de trânsito, no cruzamento das avenidas Governador Mario Covas Junior
e Dom Pedro I, no bairro Plataforma Mongaguá, no último sábado (10).
Segundo
a GM, um veículo preto parou no meio da avenida, bloqueando o trânsito. Os
guardas municipais viram que os passageiros tentavam conversar com garotas que
passavam pela rua e estavam impedindo o trânsito. Por isso, os guardas pediram
para o motorista sair do local e anotaram a placa do veículo. O condutor
questionou a atitude do guarda, mas resolveu seguir em frente. Alguns minutos
depois, o mesmo carro preto voltou.
“Ele
parou o carro próximo a viatura e perguntou o motivo da multa. Eles acharam que
eu havia multado. Os guardas mandaram ele encostar e descer do carro. Eu
encostei perto da janela do motorista e comecei a gesticular com a mão direita.
Ele puxou a minha mão para dentro do carro e mandou o passageiro me segurar. Ele
saiu acelerando”, conta o guarda municipal Jurandir Felix, de 45 anos.
Sem
conseguir se defender, o guarda foi arrastado por cerca de 100 metros, na
contramão. Os homens jogaram o agente para fora do carro, com o veículo em
movimento, e ainda tentaram atropelar o guarda municipal.
Ataque aconteceu
na avenida principal
(Foto:
Divulgação/Prefeitura de Mongaguá)
“Eu
fiquei com o corpo para fora e com o braço direito para dentro. Ele deu um soco
no meu rosto. Ele falava para o passageiro me soltar porque queria me
atropelar. Eu cai no chão e ele jogou o carro em cima de mim. Se eu não tivesse
rolado para o lado, eu tinha sido atropelado”, conta ele.
O
grupo também tentou puxar outro guarda municipal para dentro do carro, da mesma
forma que ocorreu com Felix, mas o agente conseguiu se soltar. Já um terceiro
guarda também foi derrubado pelo grupo na hora em que os criminosos aceleraram
o carro. Após o episódio, o grupo fugiu. Como a placa do veículo foi anotada, a
Guarda Municipal já tem alguns suspeitos de terem cometido o crime. A
princípio, cinco pessoas estariam dentro do carro. Por enquanto, ninguém foi preso.
Já
Felix ficou com graves ferimentos nos braços e também no rosto, além de dor de
cabeça causada pela queda no chão. Ele está afastado do trabalho por questões
de saúde, mas pretende voltar à função. “A gente ama a guarda. Amamos muito o
serviço que a gente faz. Quando eu cai no chão, os moradores se preocuparam. A
população nos valoriza”, finaliza.
Em
contato, a Prefeitura de Mongaguá diz que o Guarda Municipal foi socorrido e
encaminhado ao Pronto Socorro Agenor de Campos com escoriações nos braços e na
testa. O guarda deverá passar por uma perícia ainda nesta terça-feira (13).
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