Dois guardas municipais de Mogi das Cruzes
foram agredidos, anteontem (12) à noite, por populares no Jardim Nova União. O
caso foi registrado no 1º Distrito Policial (DP), no Parque Monte Líbano, como
desacato, resistência, incitação ao crime, associação criminosa, lesão corporal
e dano ao patrimônio público, já que uma viatura foi apedrejada. A associação
da categoria diz que o risco do lugar já havia sido denunciado à Prefeitura há
algumas semanas, mas nada foi feito.
No Boletim de Ocorrência (B.O.) consta que o
caso ocorreu na Rua Aurora Ariza Meloni, no Jardim Nova União. Os guardas
agredidos são Leandro dos Santos Andreoti, de 34 anos, e Celso de Paula Rosa,
49, este último internado no Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo, no
Mogilar, por conta das lesões que sofreu.
De acordo com o documento, um homem que
conduzia uma motocicleta Honda CB 400, bateu na viatura da Guarda, um Chevrolet
Celta. Os agentes desceram para abordar o homem que ficou agressivo e se negou
a permanecer no local. Os guardas chamaram a Polícia Militar para evitar que
ele fugisse. Diante da abordagem, segundo o registro policial, vários moradores
do local decidiram avançar sobre os agentes com madeiras e pedras. O veículo da
Guarda ficou bastante danificado e os agentes machucados.
A PM chegou ao lugar e conseguiu controlar a
população. Em meio à confusão, o homem fugiu. Ninguém foi preso. A presidente
da Associação dos Guardas Municipais de Mogi das Cruzes, Érica Caceres Branco,
explica que guardas já apontaram à Prefeitura os riscos do local. “Os agentes
agredidos estavam levando outros dois guardas até as obras da cozinha
comunitária que fica no Bairro. Há algumas semanas, três guardas que trabalham
lá enviaram um documento à Administração Municipal para falar sobre a falta de
segurança, mas não houve resposta”, disse. O objetivo era contar com apoio da
Polícia Militar para monitorar o local.
O Diário já havia noticiado com exclusividade
em setembro passado que a revisão do Estatuto da Guarda Municipal está
concluída e passa pela análise das secretarias municipais de Assuntos Jurídicos
e Finanças para seguir à Câmara Municipal para votação. O custo para armar os
190 agentes é estimado em, pelo menos, R$ 1,5 milhão.
Questionada, a Prefeitura enviou nota à
reportagem em que afirma que os guardas “foram medicados e estão recebendo todo
apoio da Administração Municipal. A situação foi contornada com a chegada de
reforço da Polícia Militar. Além disso, foi registrado Boletim de Ocorrência para
que o caso seja investigado pela Polícia Civil. A Secretaria Municipal de
Segurança destaca ainda que realiza um trabalho constante para garantir as
condições de trabalho dos guardas municipais. O investimento compreende
treinamentos contínuos e investimentos em equipamentos. Atualmente, a Guarda
Municipal tem à disposição coletes à prova de balas, tonfa, gás de pimenta e
armas de choque para sua atuação”, trouxe o texto. Quanto ao processo de
armamento, a Prefeitura ressalta que aguarda os pareceres das duas secretarias
que analisam a revisão do Estatuto da Guarda para dar andamento ao processo. (Lucas Meloni)
Fonte: http://www.odiariodemogi.inf.br/policia/policia/26651-guardas-municipais-sao-agredidos.html
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