Publicado em 19/11/2015
Muitos guardas municipais pensam na ostensividade, em uso
de armas, uso de coletes balísticos, assim como de um uniforme diferenciado
normalmente o azul rajado com boina preta sem saber o significado de um
fardamento ostensivo camuflado e desta cor de cobertura para parecer bonitos na
foto e expressar força, com a formação de um grupo diferente, mas és a
pergunta: Porque não formalizar a criação de um grupamento tático de maneira
padronizada, com procedimentos operacionais, doutrinas, focando no porque da
necessidade de grupamento tático específico, com treinamentos adequados à
realidade e com seu devido planejamento de emprego, fazendo uma análise técnica
de suas estatísticas e de seus resultados?
A criação de um grupamento tático específico demanda de
um planejamento operacional tendo um objetivo que possa tanto dar um apoio
tático as demais guarnições durante o serviço assim como ocorrências de grande
vulto que exigi uma equipe bem preparada, que possa expressar uma força maior
de impacto, que durante uma ação possa tanto fazer frente a uma atividade
preventiva como uma mais ostensiva. Uma equipe tática também requer requisitos
para patrulhamento especializado baseado nos pilares do efetivo, equipamentos e
treinamento, necessitando fazer uma seleção do efetivo a que se destinará essa
força tática, passando por uma formação específica e depois fazendo uma
periodicidade de treinamentos para manter um nível técnico padronizado e
atualizado entre todos os componentes do grupo e ter uma estrutura mínima para
desempenhar um bom trabalho, e seus integrantes estarem preparados inclusive
psicologicamente para as mais diversas situações até as de alto risco. A
seleção para essa força tática deve também exigir o mínimo de condicionamento
físico para esta apto a desempenhar as diversas missões que lhes forem
atribuídas, devendo - se basear no voluntariado para fazer parte do grupamento,
exigindo - se também responsabilidade, lealdade e honestidade, passando sempre
por avaliações internas frequentes tanto física, como psicológica e técnica. O
treinamento deve abordar doutrinas de policiamento em vias públicas, conduta e
postura do agente e guarnições, gerenciamento dos mais diversos tipos de
crises, uso e emprego de armamento e munições tanto de menor potencial ofensivo
como os letais, controle de distúrbios civis, condicionamento físico,
imobilizações policiais, condução e apresentação em delegacias, e também de direção
defensiva e ostensiva, mantendo - se sempre uma atualização constante destas
informações e de seus integrantes.
Todo grupamento tático deve criar suas doutrinas assim
como adotar um modo de atuação, pois a capacidade técnica para agir assim como
ter um modo de atuação bem fundamentado ajuda a esta cometendo falhas nas
missões, principalmente naquelas de consideradas de alto risco para o agente,
evitando tanto perdas de vidas de pessoas inocentes como a do próprio agente da
GCM.
E para assegurar a formalização e existência oficial do
grupamento tático é necessário a legitimidade, ou seja, ser criado através de
uma lei específica dando caráter jurídico e institucional ao mesmo, criando
também seu procedimento operacional padrão definindo as funções de cada
integrante do grupamento dentro de cada tipo de atividade desenvolvida pelo
grupo tático.
Guarda Civil Municipal de Salvador/BA
alansantb@hotmail.com
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